terça-feira, 5 de julho de 2011

O Ultimo Fiel

Era um dom tão lindo, um resquicio de fidelidade que passou por entre as frestas de sua alma tão machucada e caleijada. Ele sabia que havia, de certa forma, uma esperança de reparar o dano causado. Sabia que havia de todas as formas tentado sobreviver sem a felicidade, havia ainda um medo corrompido por uma esperança triste e infindável da qual ele não se livrava. Talvez fosse tarde demais e já não havia mais o que fazer, nao dessa vez.

Calmaria

E o que pode ser dito de tal maneira que acalma meu coração e alenta minha alma? Qual bela palavra pode ser dita que fará com que eui esqueça o passado e siga em frente como um dia eu sonhei? Fora apenas um sonho, um resquicio da ilusão que um dia eu possui, um resquicio de felicidade pura e indomada - incontrolada - a qual já me parece novamente impossivel - inalcançavel

Moribundo

Ele sabia que tinha que escolher. Que suas escolhas eram as erradas, que jamais fizera certo. Por tanto tempo tentara o que não podia, o que não lhe era tangivel. Já se havia empedrado seu coração tão machucado. Sua alma estava em tiras, rasgadas pelos golpes das escolhas. Deixara-se se levar pelos momentos e esquecera do futuro, futuro prometido e falso, domado de estrias dolorosas, de fatos inacabados. Era porquanto um esquecido na solidão de suas escolhas solitárias, desmedidas, impensadas e esquecidas. Apenas um moribundo...