quarta-feira, 23 de junho de 2010

Perfeição

E então eu vi a perfeição, vi quem eu realmente gostaria de ver. Sabia que tudo estaria maravilhoso ao lado dele, sabia que nada poderia melhorar, porém ele já se fora, já não estava mais perto e daquela felicidade momentânea já não restava mais nada a não ser o silencio com que as folhas balançavam nas arvores.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Desmascarados

E por mais que ele tentava, não conseguia observar as pessoas como
antes, já não tinha aquele dom que um dia teve. Dom de entender como
as pessoas reagiam, como iriam reagir e como eram por dentro. Já não
entendi mais os sentimentos das pessoas, já não sabia mais fingir
sentimentos que nunca sentira ou de fingir que não sentia sentimentos
que outrora sentia. Já não era mais o mesmo, estava mudado e isso
não era bom, não era de ser feitio ser bom. Sempre fora mal por
natureza e escondia seus sentimentos, agora era mais um exposto
tentando esconder-se da sua verdadeira face que estava sendo revelada
aos poucos

Indigente

E ele já estava cansado de sempre ser trocado, já não havia mais
esperanças em seu coração, sabia que o amor não era algo que se
aproximava dele. Sabia que ja não era tão importante assim, que não
importavam se ele estava vivo ou morto, só interessavam em si
próprios. Já estava cansado de ser esquecido, ou melhor, de não ser
lembrado nem mesmo pelos amigos. Ele sentia que era só mais um dentre
muitos que existiam na face da Terra. Era só mais um indigente.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Canção do Mal Amado

Meu coração tem buracos
Onde pulam os amores
O amor que aqui entra
Fazem da minha voz clamores

Minha casa tem palmeiras
Onde pulam os sapos
No meu coração havia dores
Onde um dia houveram amores

Minha vida tem amores
Onde cantam os sabiás
Os amores que aqui gorjearam
Morreram de tanto cantar

Canção do Poeta

Faço rimas como quem brinca
Em tempos escondidos
Com panos úmidos aquecidos
Em gritos de agonia

Eu brinco como quem canta
Porque é assim que vivo
Pois quem brinca encanta
Quem espera alcança

Eu o chamo perto
Eu clamo amores perfeitos
Consigo longe imperfeitos
E amores ao longe

Não sei se faço certo
Sou incerto no amor
Sou paradigma de cores
Sou suor e dor

Pertinenente Incomodo

E ele já sabia, já tinha consciência que aquilo ia acontecer, sabia
que estava sendo rejeitado por uma pessoa conhecida. Ele já tinha
consciência que estava sendo um incomodo, porém não sabia que estava
atrapalhando os planos de outrem. Ele estava decido no recomeço, na
reconquista. Estava ciente que quanto mais atrapalhasse o caminho,
mais fácil poderia ser a reconquista. Mas esse caminho deveria ser
obscuro, cauteloso, pois todos os seus planos deveriam ser muito
friamente calculados. Mas não era assim que ele queria, ele queria
deixar ao natural, para ver o que acontecia, até quão longe poderia
chegar. Ele era esperto, só não se deixava mostrar.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Dança Perfeita

Em prosa poética eu canto. Em prosa poética eu danço. Danço nas
maravilhas do mundo, danço a música que não se ouve e não se sente.
Apenas danço por estar feliz, sorridente. Danço sem companhia. Meus
pés ao chão não se tocam, danço aéreo, sem ao menos sentir o leve
soar dos arranhados dos meus sapatos no frio chão de ardósia. Danço
com ritmo e leveza, danço sabendo que é una dança infinita, a dança
da vida. Danço, pois, musicas lentas, para recordar-me de cada momento
em que eu estive feliz, ora pois, danço música rápida para esquecer-
me dos momentos tristes em que minha vida se afundou. Hoje danço
contente, passos singelos no ritmo da vida.

O Observador

E estava tão calmo o dia, uma brisa leve passava por meu rosto
enquanto eu observava as pessoas que por mim passavam. Pessoas essas
que eu não cingéis, talvez uma ou outra eu já tivesse visto em algum
lugar desconhecido. Enquanto repousava. Meu livro sobre o colo.
Pensava naquelas pessoas que por ali passavam. Para onde vão? De onde
vem? Será que elas sabem da existência uma da outra? Eu observava
tranquilo aquela situação do quotidiano, uma praça movimentada,
pessoas que passavam e eu repousando-me, sentado, com um livro no colo
e pensando nas pessoas que nem sabia que eu existia. Pensava, também,
que eu já fui assim, apressado. Uma pressa que não parecia ter fim,
mas que terminara. Terminara a tempo de eu tentar observar as pessoas
que de mim são desconhecidas

Recomeço

E ele subiu o morro, a pé, de madugada, sabia que sua recompensa seria
grande naquele dia frio. Sabia que todo o esforço, que tudo aquilo que
ele tinha feito por anos estava sendo recompensado. Sabia que dessa
vez poderiam ser difinitivos, eles iriam ficam juntos. Já havia três
anos que a história havia começado, torrencialmente. Um inicio de
brigas, confusões e dúvidas, mas nunca a desistência. Sabia que
dessa vez poderiam dar certo, pois já ouvira a palavra "casamento" e
"felizes para sempre", na ultima vez que se encontraram. Porém já
estava tão acostumado a ficar sozinho que não sabia se podia
apaixonar-se novamente, não sabia qual destino o seu coração o
entregaria. Só sabia que ainda restava, em algum lugar, o frágil e
sensível sentimento do amor.

Infelicidade Escondida

E eu ria enquanto eu ministrava minhas aulas, brincava de faz-de-conta
com a minha felicidade. Eu fingia ser alguém feliz para manter-me em
pé enquanto por dentro eu sentia um deserto de emoções; seco e
vazio. Não agüentava mais esconder quem eu realmente era, quem eu era
por trás da mascara da qual eu me escondia havia anos.

Um ex apaixonado

E eu menti. Disse que não te amava mais apenas para me sentir livre um
pouco, sentir emoções diferentes que ate então eu não sentia.
Sentir um amor diferente daquele que eu não sentia, saber diferenciar
o que era um paixão de um grande amor. Tenho certeza que hoje eu sei
diferenciar e sei, também, que por você eu não sentia amor, porém
uma paixão densa, sólida, que já não me cabe mais. Paixão essa
desnecessária já que não estamos mais juntos. Devo eu acabar com
esses pensamentos tórridos ou devo seguir minha vida enquanto eu penso
em ti a cada dia normal de minha humilde vida??

Observações de uma Desconhecida

E ela andava observando as pessoas. Pessoas normais, que por ali
passavam, desconhecidos oriundos de varias partes da cidade que
passavam por aquela praça, com pressa para chegar em algum lugar que a
ela era desconhecido. Passavam por ela sem a cumprimentar, sem ao
menos a observar. Talvez ela, também, fosse apenas mais uma daquelas
pessoas desconhecidas a eles. Mas ela os observava, todos os dias,
todas as horas, desconhecidos passavam e ela os observava.

Veronika Decide Morrer

E então ela passeava por entre a floresta, pensativa. Talvez fosse
apenas um dia normal, não para ela. Hoje era o dia em que Veronika
decidiu morrer. Já não dispunha mais daquele animo, daquela força
para viver que antes dispunha. Só há tristezas em sua vida, só há
desespero. Talvez morrer não fosse a melhor solução, mas era a mais
fácil para ela, a mais acessível, a mais passível de sua realidade.
Talvez hoje fosse um dia normal ou apenas o dia em que Veronika decide
morrer

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Deserto de emoções

E ela andava por entre as pessoas como se fosse uma pessoa qualquer,
como se toda a sua vida fosse extremamente normal. Porém sua cabeça
estava ao longe, pensando em problemas amorosos que passava e que já
não sabia mais como arruma-los. Já não sabia mais como esquecer
aquela paixão antiga, que assombrava seu pensamento em dias normais.
Queria tanto poder esquecer aquelas pessoas, saber que o amor que um
dia sentira por elas já havia se acabado e que já não havia como
pensar nelas novamente, contudo seu coração não permitia isso, e ela
sabia. Sabia que quando mais pensava neles, mais afundava em uma
profunda depressão que a envolvia cada dia mais. Depressão essa que
vinha silenciosa, calma, porém a levava a cada dia que passava para um
deserto de emoções. Ela deixava-se se levar por aqueles sentimentos
ruins, já não tinha forças para lutar contra isso. Todas as suas
forças foram levadas por alguém quem ela, um dia disse, te amo.