quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Vassouras

E era tão suave seu deslizar pela calçada. Era tão agrável vê-la correndo, sendo usada com um objeto indigno. Já não se faziam mais como as de antigamente, as que eram barulhentas, as que fazia estardalhaço ao seu simples deslizar. Talvez eu gostasse mais do mundo de antigamente, aquele do qual não vivi, onde tudo era barulhento, todos se conheciam e todos se amavam. Talvez ainda sejam usadas as pobres coitada, esquecidas por trás de um grande armário ou deixadas em uma porta como encosto ou supertição. Talvez houvessem sido esquecidas antes mesmo do meu nascer

Sólida Solidão

Na brincadeira de faz-de-conta ele sempre ganhava, narrava as mais belas historias de drama e terror. Narrava a sua própria vida, seu próprio drama interior a todos a quem pudesse interessar-se. Fazia-se se passar por outrem, um outrem sofredor. Já não fazia, pois, questão de sentir-se incompleto. Sabia que tudo aquilo que pudera, houvera de ser feito. Sabia que era apenas mais um comensal da solidão. Um espírito infeliz vagando...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Reciclagem

E então ele se recriava, a partir do novo, do início. Ele sabia que já tentara, por muitas vezes sem sucesso, se recriar e falhara em todas elas. Falhara consigo mesmo. Falhara em se mater fiél àquilo que um dia ele acreditava que devia ser: frio, arrogante, egocentrico. Deixou se levar pelo tempo, pelas emoções compartilhadas com outrem. Deixou de ser quem um dia era para ser quem desconhecia. Era só mais um indigente.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Fracasso

E eu o protegi
e eu o abracei
e dancei por toda a noite

E eu o acolhi
e eu fracassei
Fracassei em deixar os meus sentimentos oclusos
fracassei em guardar-me e preservar-me ao máximo

E eu tropecei
na mesma pedra que sempre tropecei
E eu apenas finjo
que sou apenas um amigo comum

Amigo que protege
que abraça
que dança
que acolhe
que ama
Amigo que fracassa

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Indubitável Paixão

Imagino o gosto do teu beijo
Gostoso como tua companhia
Os minutos de atenção foram suficiente
Retenho-me em silencio para não te contar

Como é intensa a vontade de te beijar
Essa vontade me consome
Sobe pela cabeça e me faz sonhar
Avanço pelas poesias pra te conquistar
Revirando pensamentos pra te namorar

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Dúbia Personalidade

E ele voltava a observar as pessoas, sabia que aquele trauma havia gerado algum resultado, sabia que ele voltava a ser quem era: frio, insensivel, triste e rancoroso. Sabia que era assim que deveria ser, que era assim que as coisas funcionavam. Que era assim que todos mereciam ser tratados. fazia planos e pesquisas, planejava conversas e criava situações, voltava a ser quem ele um dia abandonou, quem um dia ele sequer deixou de ser. Abandonou sua verdadeira natureza.

Depressão

Já não era tão fácil sobreviver com tudo aquilo que vinha acontecendo. Já não tinha animo pra trabalhar, já não tinha animo para estudar, comer ou dormir. Sabia que estava afundando dentro de si e que isso não era aquilo que ele queria, porém era difícil lutar, era difícil saber o que fazer. sabia que só havia uma saída, mas ele só queria dormir

Batalhas Perdidas

E ele já nao sabia mais o que fazer. Já tinha usado de todas as suas técnicas para conquistar quem ele queria. Sabia que era um jogo, sabia que era uma grande batalha e que essa batalha ele já havia perdido. Não era bom demais em disputas. sabia que devia desistir, mas não era bom em desistências, mas era preciso. E pela primeira vez ele sabia que isso era certo.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Perigo de Amar

Sabia que não podia se apaixonar de novo. Que amar não era mais um recurso viável. Já havia quebrado suas promessas centenas de vezes e nenhuma delas foi compensador. Sabia que se apaixonasse seria mais uma promessa quebrada e terminaria como sempre terminava; ferido, sozinho.
Já não sabia o que fazer, não sabia o que pensar. Já não era mais o mesmo tolo que fora há alguns anos, só não queria admitir

Tentação

Ele sentiu que havia algo o chamando para aquele lugar ao qual já não pertencia. Sabia que por mais que quisesse, deveria ignorar aquele chamado e ir direto para casa. Deveria ignorar a tentação e seguir seu rumo, sem olhar para trás e sem se arrepender. Já não era mais o mesmo, já não sentia que pertencia àquela praça, seu destino já fora entrelaçado a outras pessoas que não aquelas, mesmo assim ainda continuava sentindo aquele presença infame, desgostosa o chamando.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Perfeição

E então eu vi a perfeição, vi quem eu realmente gostaria de ver. Sabia que tudo estaria maravilhoso ao lado dele, sabia que nada poderia melhorar, porém ele já se fora, já não estava mais perto e daquela felicidade momentânea já não restava mais nada a não ser o silencio com que as folhas balançavam nas arvores.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Desmascarados

E por mais que ele tentava, não conseguia observar as pessoas como
antes, já não tinha aquele dom que um dia teve. Dom de entender como
as pessoas reagiam, como iriam reagir e como eram por dentro. Já não
entendi mais os sentimentos das pessoas, já não sabia mais fingir
sentimentos que nunca sentira ou de fingir que não sentia sentimentos
que outrora sentia. Já não era mais o mesmo, estava mudado e isso
não era bom, não era de ser feitio ser bom. Sempre fora mal por
natureza e escondia seus sentimentos, agora era mais um exposto
tentando esconder-se da sua verdadeira face que estava sendo revelada
aos poucos

Indigente

E ele já estava cansado de sempre ser trocado, já não havia mais
esperanças em seu coração, sabia que o amor não era algo que se
aproximava dele. Sabia que ja não era tão importante assim, que não
importavam se ele estava vivo ou morto, só interessavam em si
próprios. Já estava cansado de ser esquecido, ou melhor, de não ser
lembrado nem mesmo pelos amigos. Ele sentia que era só mais um dentre
muitos que existiam na face da Terra. Era só mais um indigente.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Canção do Mal Amado

Meu coração tem buracos
Onde pulam os amores
O amor que aqui entra
Fazem da minha voz clamores

Minha casa tem palmeiras
Onde pulam os sapos
No meu coração havia dores
Onde um dia houveram amores

Minha vida tem amores
Onde cantam os sabiás
Os amores que aqui gorjearam
Morreram de tanto cantar

Canção do Poeta

Faço rimas como quem brinca
Em tempos escondidos
Com panos úmidos aquecidos
Em gritos de agonia

Eu brinco como quem canta
Porque é assim que vivo
Pois quem brinca encanta
Quem espera alcança

Eu o chamo perto
Eu clamo amores perfeitos
Consigo longe imperfeitos
E amores ao longe

Não sei se faço certo
Sou incerto no amor
Sou paradigma de cores
Sou suor e dor

Pertinenente Incomodo

E ele já sabia, já tinha consciência que aquilo ia acontecer, sabia
que estava sendo rejeitado por uma pessoa conhecida. Ele já tinha
consciência que estava sendo um incomodo, porém não sabia que estava
atrapalhando os planos de outrem. Ele estava decido no recomeço, na
reconquista. Estava ciente que quanto mais atrapalhasse o caminho,
mais fácil poderia ser a reconquista. Mas esse caminho deveria ser
obscuro, cauteloso, pois todos os seus planos deveriam ser muito
friamente calculados. Mas não era assim que ele queria, ele queria
deixar ao natural, para ver o que acontecia, até quão longe poderia
chegar. Ele era esperto, só não se deixava mostrar.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Dança Perfeita

Em prosa poética eu canto. Em prosa poética eu danço. Danço nas
maravilhas do mundo, danço a música que não se ouve e não se sente.
Apenas danço por estar feliz, sorridente. Danço sem companhia. Meus
pés ao chão não se tocam, danço aéreo, sem ao menos sentir o leve
soar dos arranhados dos meus sapatos no frio chão de ardósia. Danço
com ritmo e leveza, danço sabendo que é una dança infinita, a dança
da vida. Danço, pois, musicas lentas, para recordar-me de cada momento
em que eu estive feliz, ora pois, danço música rápida para esquecer-
me dos momentos tristes em que minha vida se afundou. Hoje danço
contente, passos singelos no ritmo da vida.

O Observador

E estava tão calmo o dia, uma brisa leve passava por meu rosto
enquanto eu observava as pessoas que por mim passavam. Pessoas essas
que eu não cingéis, talvez uma ou outra eu já tivesse visto em algum
lugar desconhecido. Enquanto repousava. Meu livro sobre o colo.
Pensava naquelas pessoas que por ali passavam. Para onde vão? De onde
vem? Será que elas sabem da existência uma da outra? Eu observava
tranquilo aquela situação do quotidiano, uma praça movimentada,
pessoas que passavam e eu repousando-me, sentado, com um livro no colo
e pensando nas pessoas que nem sabia que eu existia. Pensava, também,
que eu já fui assim, apressado. Uma pressa que não parecia ter fim,
mas que terminara. Terminara a tempo de eu tentar observar as pessoas
que de mim são desconhecidas

Recomeço

E ele subiu o morro, a pé, de madugada, sabia que sua recompensa seria
grande naquele dia frio. Sabia que todo o esforço, que tudo aquilo que
ele tinha feito por anos estava sendo recompensado. Sabia que dessa
vez poderiam ser difinitivos, eles iriam ficam juntos. Já havia três
anos que a história havia começado, torrencialmente. Um inicio de
brigas, confusões e dúvidas, mas nunca a desistência. Sabia que
dessa vez poderiam dar certo, pois já ouvira a palavra "casamento" e
"felizes para sempre", na ultima vez que se encontraram. Porém já
estava tão acostumado a ficar sozinho que não sabia se podia
apaixonar-se novamente, não sabia qual destino o seu coração o
entregaria. Só sabia que ainda restava, em algum lugar, o frágil e
sensível sentimento do amor.

Infelicidade Escondida

E eu ria enquanto eu ministrava minhas aulas, brincava de faz-de-conta
com a minha felicidade. Eu fingia ser alguém feliz para manter-me em
pé enquanto por dentro eu sentia um deserto de emoções; seco e
vazio. Não agüentava mais esconder quem eu realmente era, quem eu era
por trás da mascara da qual eu me escondia havia anos.

Um ex apaixonado

E eu menti. Disse que não te amava mais apenas para me sentir livre um
pouco, sentir emoções diferentes que ate então eu não sentia.
Sentir um amor diferente daquele que eu não sentia, saber diferenciar
o que era um paixão de um grande amor. Tenho certeza que hoje eu sei
diferenciar e sei, também, que por você eu não sentia amor, porém
uma paixão densa, sólida, que já não me cabe mais. Paixão essa
desnecessária já que não estamos mais juntos. Devo eu acabar com
esses pensamentos tórridos ou devo seguir minha vida enquanto eu penso
em ti a cada dia normal de minha humilde vida??

Observações de uma Desconhecida

E ela andava observando as pessoas. Pessoas normais, que por ali
passavam, desconhecidos oriundos de varias partes da cidade que
passavam por aquela praça, com pressa para chegar em algum lugar que a
ela era desconhecido. Passavam por ela sem a cumprimentar, sem ao
menos a observar. Talvez ela, também, fosse apenas mais uma daquelas
pessoas desconhecidas a eles. Mas ela os observava, todos os dias,
todas as horas, desconhecidos passavam e ela os observava.

Veronika Decide Morrer

E então ela passeava por entre a floresta, pensativa. Talvez fosse
apenas um dia normal, não para ela. Hoje era o dia em que Veronika
decidiu morrer. Já não dispunha mais daquele animo, daquela força
para viver que antes dispunha. Só há tristezas em sua vida, só há
desespero. Talvez morrer não fosse a melhor solução, mas era a mais
fácil para ela, a mais acessível, a mais passível de sua realidade.
Talvez hoje fosse um dia normal ou apenas o dia em que Veronika decide
morrer

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Deserto de emoções

E ela andava por entre as pessoas como se fosse uma pessoa qualquer,
como se toda a sua vida fosse extremamente normal. Porém sua cabeça
estava ao longe, pensando em problemas amorosos que passava e que já
não sabia mais como arruma-los. Já não sabia mais como esquecer
aquela paixão antiga, que assombrava seu pensamento em dias normais.
Queria tanto poder esquecer aquelas pessoas, saber que o amor que um
dia sentira por elas já havia se acabado e que já não havia como
pensar nelas novamente, contudo seu coração não permitia isso, e ela
sabia. Sabia que quando mais pensava neles, mais afundava em uma
profunda depressão que a envolvia cada dia mais. Depressão essa que
vinha silenciosa, calma, porém a levava a cada dia que passava para um
deserto de emoções. Ela deixava-se se levar por aqueles sentimentos
ruins, já não tinha forças para lutar contra isso. Todas as suas
forças foram levadas por alguém quem ela, um dia disse, te amo.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Difícil Escolha

> E um dia ele percebeu, mais uma vez, o erro que tinha cometido ao se
> deparar com a verdade que lhe batia à porta. Ele percebeu que tudo a
> quilo que ele, hoje, deseja, ele já obtivera há tempos e não deu
> valor, simplesmente fingiu que por dentro não era aquele tipo de pes
> soa. Porém, nem tudo são flores e ele já percebe que não fizera a
> escolha certa quando era o momento de escolher, que fizera muito mal
> a alguém que o amava e que ele só fazia desprezar.
> O desprezo que ele tem agora deve ser, por vias de fato, merecido...
> E ele continuará tentando porque o mundo o faz perceber que todos te
> mos uma escolha e que, em raras vezes, pode-se voltar atrás.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Lástimas

Já não consigo mais pensar direito. Sinto tantos sentimentos ao mesmo tempo, que me faltam ações. Sinto falta de coisas que vivi que já não vivo mais, sigo falta de pessoas que por mim já passaram e hoje são meras recordações. Sinto falta do Teddy-ursa, aquele ursinho de pelúcia que dormia comigo todas as noites. Só não sito falta do tempo, da minha inocência de criança e dos pequenos deslizes que cometi. E assim eu vou vivendo, relembrando o passado que um dia não foi meu.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Escudo

Para mim, ele era um completo desconhecido. Um desconhecido estranho e
alheio a toda a minha vivência. Não era, pois, um fardo, jamais seria
então. Era apenas um desconhecido, de boa aparencia e de boa saúde,
de bons antecedentes e tinha recomendações. Era aquele a quem
chamaria de confiável, a quem protegeria-me do perigo, aquele que me
protegeria de si mesmo. A quem me protegeria de mim mesmo.

Eterno Observador

Eu gostava quando eu sentava à praça e ficava a observar quem
passava, quem me interessava. Gostava de ver suas longas madeixas cor
de sol passarem por mim todos os dias a tarde, voando ao vento,
brilhando intensamente como faíscas de fogo amarelas. Sua beleza era
incontestável, intocavel a mim - mero mortal observador - que ficava
observando-te passar por mim, todos os dias...

Retrato de um amor

E eu já o havia dito por muitas vezes que o amava, que era com ele a
quem eu deveria casar, ter filhos e, então, poder ter uma família.
Família a qual seria perfeita, feliz.
E eu o havia dito por inúmeras vezes que era a ele a quem eu me
entregaria por completo, a quem eu amaria incondicionalmente por toda
a minha vida, a ele eu sofreria pela partida e lazer eu teria pelo
retorno. A ele eu disse que seria fiel como as araras.
A ele eu daria amor, paixão, felicidade... a vida.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Vida de Universitario

Sinto falta daquele tempo em que tempo era o que mais me sobrava,
sinto falta das minhas 9 horas de sono que, na maioria das vezes,
tornavam-se 12; sinto falta também daquele tempo em que pequenas
frases tornavam-se grandes poesias em minhas suaves mãos.
Creio que já não tenho tanto tempo quanto eu gostaria, que eu
necessito.

Aclamação

Fui deixado mais uma vez, amando, sofrendo e me corroendo por motivos
fúteis que não são tão bem explicados como deveriam. Fiquei órfão
do amor, que se foi sem deixar bilhetes, sem deixar uma nota sequer de
aviso. Sinto como se fosse o suicidio da alma, o silencio dos
inocentes, a culpa dos endividados.
Faltam-me palavras para expressar tal falta de compaixão, tal falta de
sentimento. Aprendi que tudo que vai, retorna. Talvez esteja me
voltando aquilo que um dia eu enviei; dor e sofrimento, uma alma
angustiada pede por socorro enquanto eu clamo pela retorna do amor

Alienação

E eu tenho reparado: cada vez mais eu me distancio daqueles que eu
amei, daqueles que me amaram e daqueles que possam me amar. Distancio
de todos para viver em um mundo amargo, descolorido, inapto a minha
sobrevivência. Distancio dos amigos (ou pelo menos quem eu poderia
considera tal adjetivo), da família e, em certas ocasiões, de mim
mesmo à quem tenho sido fiél por longos anos. Tenho criado uma nova
personalidade da qual desconheço e que é totalmente alheio aquilo que
eu prezava. Tenho me escondido de mim.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Distancia

E as vezes aqueles que mais esperavamos estar longe são aqueles que quando mais precisamos estão conosco. São aqueles que quando mais precisamos, mais nos estendem os bracos. São esses os verdadeiros amigos. Os verdadeiros companheiros que, nem sempre, estão sempre presente, mas que fazem das nossas vidas uma maravilhosa cancão de ninar.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Tristezas do Coração

Olhava pelo vidro a
longe avistava
inigualavel perfeição
Vigiava sentado
Entre pensamentos torneados
Imaginava a sensação de estar
recapitulando as tristezas
amavéis do coração

Amor Desconhecido

E por entre as oliveiras eu passei, não que eu realmente desejasse por elas passar. Apenas andei. Tento conhecer o fruto que a mim foi proibido, o fruto que a mim fora negado por tanto tempo. O fruto do qual eu mais desejava e agora tenho medo de buscá-lo, medo da sua cor, do seu sabor. Medo do inacreditável e do desconhecido. Apenas medo, pudera eu, quem sabe, transformar esse amor em felicidade, amor esse infindável, inabalável e desconhecido.

Poema de um Andarilho

Tatuei sobre minha pele
Enormes palavras de amor

Amei como qualquer outro
Magoei-me como outro qualquer
Outrora eu fosse um palhaço de circo

Andarilho sem caminhos
Morrendo de solidão
Outrora fostes sozinho
Rasgando-me em pedaços ao chão

Fim

E hoje foi o fim, não o fim da vida ou algo similar. Simplesmente foi o fim de uma longa espera, espera de um ano - talvez menos - porém, foi longa essa espera. Talvez hoje seja o dia do qual eu realmente tenha sonhado que chegaria, porém não tenho tanta certeza assim. Continuo com medo, um medo estranho, sufocado, talvez ainda não tenho realmente em mente que o fim chegou, que não haverá mais espera, que hoje é o tão sonhado, e esperado, Dia. Pode ser que esse seja o dia mais feliz de minha vida, digo isso sem certeza, porém pode ser o dia em que mais sentirei-me sozinho, mas enfim, é o dia. O dia fim ou seria fim do dia?

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Garoa

Eu fico aqui sentado, observando a garoa que cai. Fina, gentil e quase silenciosa. Uma chuva fina como o orvalho, molhando todo o jardim o qual eu venho cuidando algum tenpo. Fico observando o vento trazendo repingos em meu rosto e me mostrando o prazer de estar vivo. O prazer de ficar aqui, sentado, observando o jardim, molhado, pela chuva fina, gentil e quase silenciosa.

Luto

Nao que eu realmente tenha me sobressaido sobre a tristeza ou sobre qualquer coisa ainda. Nao. Eu apenas tenho me mantido forte, sobretudo, pelos devidos acontecimentos.
Tenho me mantido forte, me mantido em pé, sem derramar uma lagrima, uma pequena e ínfima gota de lagrima por esse luto, que apesar de tudo, já está em termino. Já não é mais um luto e sim uma pequena e antiga recordação que sumirá com o tempo.