domingo, 25 de novembro de 2007

No Pé De Amora

Balança
a pobre garotinha
vai e volta
n pé de amora

Ri
garota loira
que brinca sozinha
no pé de amora

Divirta-se
pela tua inocencia
é tal a indecência
no pé de amora

Criança
doce inocência divina
que brinca sozinha
no pé de amora

Assunto de Meninas

E elas conversam sobre assuntos que desconheço. São apenas duas adolescentes que conversam na rua como duas amigas. Assisto à elas indiferente, não conheço-as mas sei quem são; já me contaram sobre elas. Adolescentes são sempre iguais; intrigantes, divertidas, encantantes. Sempre têm assunto de meninas

Amor

Cantar. Sofrer. Amar. Eis tal questão. Insolucionável doce viver que no presente esvazia a pobre alma do amor que apenas é. Não tire o amor de lá, onde quer que ele esteja. Alí sempre ficará, porque assim ele é: teimoso

Epitáfio

E naquela vizinhança tão pacata, eu vejo: as pessoas com quem eu convivi. Deveria ter aproveitado mais, cantado mais. Deveria ter concordado menos e vivido mais. talvez devesse ter escritos mais, colorido mais e dito menos. E assim eu vivi, naquela pacata vizinhança...

Última

Passos
Sons na sala da casa
Toques
Encolvente na dança

Ritmo
E na ruína dos pés
Caio
No chão continuo caído

Giro
No ritmo da música
Juro
Que essa será a última

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Formas

No auge do vento
conflito deserto
en tons pastéis
o tal vento incerto

Em si talvez calmaria
uma criatividade nula
que busca formas
do sono, sonho, paz

Austéro seja as claras
formas divinas
que em cores azuis
pintam o céu animado

Dias

Talvez esse seja mais um dia normal. Ao som da música, o doce ar da poesia. Extrema calmaria dos ventos, frescos, do lado de fora, flores balançam, calmamente, e jogam seu pólem cor de mel ao vento. Talvez seja apenas mais um desses dias que eu sonho que chegue. talvez...seja apenas mais um dia.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Ourives

Arte pela arte
Que são neste fato consuamdo
Em um estandarte
As palavras de um poeta cansado

Métrica perfeita
Na sincronia dos anjos querubins
Por ourives feita
Lapidação de poemas e rubis.

Doce Criança

Brinca, naquela praça, uma criança. Doce criança de feições finas. Diverte-se sozinha nos balanços. Pula, roda, canta. Doce criança de feições finas. Ilumina-te e cante aos anjos, cante a ti mesmo e diverte-se doce criança de finas feições. Pule e cansa-te. Doce criança de finas feições. Curta a tua inocência. Doce criança de fina inocência

Canto dos Anjos

Danço, no canto dos anjos, atropelo as palavras que me remetem a lugares tão distantes. esse canto me lembra flores que - na primavera - florescem e exalam aromas distintos; estoteantes. O canto também me remete à minha antiga casa que - naquele lugar tão simples em que eu vivia - eu ouvia, no meio da noite, sons de vários lugares - e na minha inocência - alguns deles de anjos, que eu não conhecia.

Passo das Cores

Canso do mundo que vivo, das cores que não conheço; que não enxergo. Cansei de ver o vermelho dos amores, o rosa das paixões. Cansei também do verde da esperança, dos amores perdidos e do azul das ondas de alegria. Cansei do amarelo do outro que enche meus cofres, do amarelo que dança com o azul, do vermelho que dança com o rosa em tons unissonos. Cantam aos amores, a dor do passo das cores

Maçãs

Descanse em paz maçã. Apodreça ao relento, que o vento te cubra. Descanse seus restos no chão. Descanse, maçã, que já me serviu de alimento, sirva, agora, de alimento aos vermes. Descanse, antiga austeridade da vida. Descanse...

Ursos

Um urso, desenhado em uma folha, colori. Com as cores do mundo, cores risonhas, felizes e saltitantes aos olhos. também há a menina de olhos azuis, tristes, que tenta relutar contra as cores que a envolve e, assim, ela grita, gritos coloridos, brancos; vazios. Os ursos assistem à cena e brincam em um mundo todo deles fazendo a mistura das cores em perfeito caleidoscópio.

Consenso Linguistico.

As letras - que eu vira crescer - conversam entre sí sobre como são boas as vogais. Eu assisto a esse consenso linguístico. As consoantes queriam seu respeito, assim como, as pontuações que gritavam e colocavam, ou pelo menos tentavam, ordem no recinto. Foram embora, cansaram de discutir a mesma coisa e eu fiquei, quiteo, olhando o nada e o silêncio...

Ao piano

Em um passo quaternário, ao som do piano, danço. Danço ao ponto dos pés ruirem e jogar-me no chão. Assim fico, por um tempo determinado, e levanto, voltando ao ponto em que fui ruído. Pós-posto0me ao piano e escuto o tambor dos dedos nas teclas. Continuo até mais uma ruína, tal ruína em seus braços e assim fico; ruído em seus braços.

Recíproco

Em um dia frio após o final do livro, no quadro negro letras que não compreendes. Falam de amores, dores e outros assuntos que não entendo - aliás - entendo sim, não por suas explicações, mas sim pela vivência de tal. Talvez eu me forme um dia, nos ardores de meus amores ou continue - como estou nos dias de hoje - na tal ignorância recíproca.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Garoto

De dedos longos, cabelos curtos estilo moicano, ele vem; com seu andar descontraído e jeito meigo, ele encanta; com suas voz doce e tom agridoce, ele apaixona-me; com seus olhos brilhantes; ele ri. Talvez ele venha, após tudo, encantar-me como tem feito e, assim, colorirmo-nos um amor em tons fortes e ressonantes.

Carrossel de Cores

Brincam as cores em corroséis, brincam com gosto - sem pudor, sem medo, jogam pingos aos céus, criando mistruas cintilantes; contentes. Brincam de bola de neve que se chocam e espalham pequenas gostas de....cores; talvez eu devesse brincar, também, neste carrossel e ficar colorido em risos e cores, colorido em dor e amores. Pintar-me de azul e vermelho, sacudir-me e ver-me ficar roxo.

Sabor colorido

Contento com pouco. Não pouco quase nulo. Na maça purpura delicio sabores criativos, coloridos em azul, vermelho, verde e roxo. E em essas cores e sabores eu me contento, com o doce arco-íris; de sabores. Talvez eu devesse aprender a linguagem dos sabores e assim, construir sabores que todos contemplam ao som de um doce sabor do vermelho

Amor intrínseco

tapas, beijos; amor intrínseco. No calor do amor que tarde em dor; violenta sangreção do contente. Na chuva o carinho do beijo salgado do amor; do pecado. Pecado original, pecado normal. à vista um amigo - de lagrimas nos olhos - que vê o intríseco - amor - tomado do âmbito do riso, do ócio do contente criativo jeito de amar.

Yodeliades

Estrelas dançantes em um palco anil, talvez roxo. Na demência dos astros cantemos aos sons dos vales e represas, façamos "yodeliades" ao vento e gritamos nos palcos do teatro para que, no final, o mundo nos aplauda com risos e gritos em um arco-íris de cores e sons.

Cores de Maio

Casas entre bananeiras, amos de laranjeiras, flores de abril, risos de junho e cantos de macieira. Em um desatino, enfloreço no mar a essência dos cantos e da dança. Nos alexandrinos eu comento as cores de maio, de junho...

Descanse

Descanse em paz, pobre moça que um dia servira-me de alimento, que fora simbolo do inssaciável elo do amor que deitara em contiência da luz das estrelas. Durma em paz amor cansado que foi embora por cansar de esperar

Palpito

Palpito no púlpito
do tempo e espaço
que corrompe o véu
listro, luso azul

Palpito no palco
da dança contente
do canto envolvente
em qual eu encanto

Palpito no mundo
como mais um morimbundo
que tem medo do inferno
que fora um dia Marcelo

Eu

Coloro o céu que fora um dia azul, hoje vermelho, vermelho amor, vermelho sangue. As plantas pinto de laranja, verde e azul. Os animais deixo-0s sem cor; sem vida. Sao apenas animais. Então eu me coloro, com as cores do arco-íris j´[a que sou uma planta, um céu e talvez, um animal.

Dia das Bruxas

Cabeças de abóboras, fantasias e crianças correndo, mais uma das festas anuais. Flores no cabelo, cores no espelho, crianças fantasiadas em melindra debandada. Outubro chega ao fim, crianças correndo no capim. Doces balas e susto. Mais um dia das bruxas no final de outubro

Ciranda

Giram...giram...giram...Brincam as crianças em torno de sí próprias. Entoam cantos que deveras ser antigas. De mãos dadas rodam, giram, rodopiam. Almas ligadas em forma de sons, de cores, de amores translucendendo cores verdes, vermelhas e azuis. Se misturam formando um degradê de cores; de almas

Loucas Cores Loucas

Sentado, observo: flores. Crisântemos, violetas, rosas e margaridas com suas cores excitantes, verberantes, brincam com meus olhos. Observo o rio, com seus peixes dourados, prateado...Deveras ser, não sou bom com cores. Adormeço com brisas refrescantes, esperando a noite que deveras chegar

Canto das Cores

Em cantos

ou encantos
de um eterno
tango
clamo às cores
São doces
as cores
em noite
de primavera
São cores de Frida
São amores da brisa
Enoitece o dia
em perfeita harmonia

Feitiço

Pela fresta da porta eu assisto aos tambores que ressoam ferindo o silêncio da noite. Fogueiras encantam e aquecem aquelas estranhas pessoas que estão em volta. Como se divertem! Dançam sem fim, cantam cantos que não conheço; que não entendo. Vem-se a dama, com teu perfume doce; inebriante verso de poesia. Todos a olham e os tambores soam ao sussurro do vento que canta e encanta, enquanto a dama dança.