quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Em segredo

Ele sabia como era estar namorando. Mas estava tão desacostumado. Tão infantil ainda. Não sabia como era possível estar junto de alguém. Tinha medo. Sabia da verdade e dos riscos, do que estava assumindo. 

Sabia que teria que ter cuidado. Esconder a verdade. Guardar os sentimentos. E esperar que tudo fosse real
E eu? Eu observava atentamente. Fixamente. Por que eu sabia da verdade.  E o máximo que podia revelar era, bem, nada

Change

Foi uma mudança drástica. Não que toda mudança seja ruim ou algo assim. Ele só não estava acostumado a ter que mudar tão facilmente. 

Era tudo tão novo. Tão diferente. E ele só queria não ter medo. Porém quando mais ele pensava. Mais medo tinha. 
E quanto medo mais teria nessas mudanças, mais pensativo ficava. 
E eu? Eu observava atentamente. Fixamente. Enquanto as mudanças aconteciam. 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Observações

Impossível negar. A minha cara não nega. A minha expressão é totalmente perceptível. Sim, eu quero. Lógico. Impossível negar. Porém, a vergonha, a restrição, o medo as vezes fala mais alto. E quando é hora de limpeza, quem ta dentro não sai,quem ta fora não entra. E tudo fica tão vazio. Tão comum, perde a graça. Perde o encanto, o risco, o medo,a adrenalina. Deixa de ser algo poupável e vira apenas um lugar comum. E então eu fico observando. Observando o nada. O vazio. Somente enquanto há a limpeza. 

Disfarces

Gente velha. Gente nova. Todas as idades. Não faz distinção. Claro que eu faço. Distingo entre os novos, baixos e magros. Algo fora do padrão é rejeitado. Nada contra. Apenas é fora daquilo que eu me sinto bem. E sim. Faz diferença. Faz toda a diferença. Porém eu só observo. O movimento. O entra e sai. Os olhares tão subvertidos. Os disfarces mal disfarçados. E é sempre o mesmo movimento. O mesmo entra e sai. É como se sentir observado da mesma forma que eu observo. Uma pena... São tão mal disfarçados.

Irônica Diversão

Eu não sei o que mais me diverte. Ver o quanto as pessoas disfarçam. Ou o quanto elas não disfarçam. É totalmente indiferente a mim, óbvio.. Apesar que observar hoje já me cabe mais interessante do que de fato participar e colaborar com os acontecidos. Acaba sendo até um pouco cômico. Já que eu observo de longe, por detrás da janela, vendo apenas sombras e borrões. Borrões facilmente identificados por movimentos por mim reconhecidos. E o que mais me diverte? Bem, apenas observar e imaginar.  

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Marketing Pessoal

Diziam-me quando criança. Seja esperto. Seja inteligente. Bem, eu obedeci. Aprendi a ser esperto, a ser inteligência. E não, inteligência não é um dom, é algo conquistáveis, dedutivo, perceptível e principalmente fácil de fingir. Não finjo minha inteligência, apenas finjo que ela é superior ao que ela realmente é. E você acredita! Claro. Essa é mais que minha obrigação, fazer você ver aquilo que não existe, ou que existe mas em menor exposição.. É tudo questão de golpe. De marketing. Marketing pessoal.

Idade

E o que eu aprendi. Aprendi a ter novos olhares, novas perspectivas. Aprendi a ser mais crítico. Apenas crítico, a sinceridade ainda não é meu foco. Sinceridade apenas quando há dor. Dor e mistério. Duas coisas que andam juntas em alguns casos. Não a dor e o mistério, mas sim a verdade e a dor. E o que mais me intriga; eu gosto mais da dor, do prazer.

Nova Visão

Talvez eu tenha perdido o meu dom.. Ou talvez ele tenha mudado. Não imagino que tenha sido uma mudança pra melhor. Uma mudança nem sempre é tão boa, e não, não sou adepto de mudanças. Talvez eu veja com outros olhos, com outra visão, talvez seja apenas a idade que vem chegando e eu tenho novas perspectivas. Idade... Talvez seja apenas a idade.