sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Dá prosopopéia à cantigas de escárnio

Já me chamaram de 'uma pequena prosopopéia ambulante'. Não que eu realmente seja uma, mas quem sabe um dia não tome a forma de um cachorro falante, quem sabe um rato...Enfim, não escrevo aqui por que quero, sim pelo prazer que algumas irrefutáveis linhas me oferecem. Prazer que, por sinal, dura alguns minutos e logo depois passa, como a leve brisa em um dia de verão; o que tem a brisa a ver com a história?
A solidão já me carregara algumas vezes, deixei-me ir, acompanhando-a, e ela me levou a lugares que eu não conhecia - belos campos e ares amadeirados - e que voltarei a conhecer - quem sabe um dia. Irei novamente com ela, para mais um lugar onde apenas eu e ela - a solidão - possamos ficar a sós cantando cantigas de amigo dos tempos medievais galegos ou quem sabe cantando alvas ao amanhecer de mais um dia. talvez faça uma cantiga de escárnio de quem aqui lê, mas não se sinta culpado é assim que te mostro o meu agrado...

1 Comment:

Flávia Lucas said...

Sua escrita está cada dia melhor. Gostei do título, ele nos deixa curiosos para saber como alguém pode fazer uma relação assim. O texto faz a relação de forma clara, gostei do jogo da escrita. Receio que uma pessoa que nunca ouviu falar em cantiga de escárnio não entenda este jogo. Mas, enfim, leitura é um processo pra quem pode, quem carrega a "bagagem cultural". Quem não, tá dado a chance de se envolver.

Muito bom!